Duvido. Mas se você não conhece o Twitter, podemos explicar: de forma um pouco simplista, o Twitter é uma ferramenta de microbloggin, ou seja… Limitando sua expressão escrita em 140 caracteres, o sistema nasceu com a pergunta “O que você está fazendo agora?” para se tornar uma importante forma de comartilhamento de micro-informação na Rede. Quanto maior for a sua lista de contatos, mais diversa será a gama de informações (relevantes ou não, curiosas, pessoais e criativas) listadas pra vc…
No Twitter também existem as famosas “tags”, que podem ser monitoradas através de outras ferramentas (como Hastags, Tweet Scan, Twist ou outras) e fornecem um panorama sobre as discussões ou comentários sobre determinado tema.
Ao que nos interessa, surgiu essa espécie de micro-meme há algumas semanas que propunha aos twitteiros a criação de micro-contos em 140 caracteres. Cada microconto deveria ser precedido da tag #140 e estaria concorrendo a uma premiação legal, em livros, claro!
Produção coletiva de conteúdo literário. A linguagem hipertextual – essa que configura a existência da web como a conhecemos – permite não só a troca criativa ( muita coisa boa aparece, tenha certeza) mas também favorece que a própria linguagem refine, modele, organize suas formas a partir de novos conceitos de escrita e leitura.
Como os microcontos continuam surgindo entre os meus contatos, resolvi pesquisar a tag da campanha, saber o que os colaboradores criativos andam desenvolvendo mundo online a fora… Divertido, construtivo, inspirador… Veja o que está circulando por lá hoje:
@storyteel, “ainda estava ofegante sobre o vestido branco manchado de sangue quando disparou: consegui o que mais queria, agora quero o anulamento”.
@operon, “Procurou a vida inteira a cura da gagueira. Quando ela finalmente chegou, involuntária e inesperada, já era inútil. Só havia o silêncio”.
@saabreu, ” de tantas páginas viradas, amanhã começava um novo diário”.
@anarina, “Só lhe restou puxar a ponta do vestido para secar as próprias lágrimas”.
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